quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

POLICIAIS COMANDAM GRUPO DE EXTERMÍNIO

Não há grupo de extermínio sem a presença de Policiais e PRINCIPALMENTE SEM APOIO DE EMPRESÁRIOS, GOVERNANTES E AUTORIDADES !!! 
E, governantes respondem a interesses do poder econômico, TALVEZ POR ISSO QUE NO ESTADO DE SÃO PAULO MUITO SE COMENTA, MAS DOS QUE PODIAM, NINGUÉM TEVE A OUSADIA DE PEDIR UMA INVESTIGAÇÃO PARA SABER SE AS MALDITAS "MAQUININHAS" DE JOGO DERAM DINHEIRO AO PARTIDO QUE DISPUTOU A ELEIÇÃO NO ESTADO. SÓ O QUE FICA MUITO EVIDENTE E NÃO DÁ PRA NEGAR É QUE TÁ ASSIM Ó, DE CORONEL E SOLDADO TAMBÉM, GANHANDO ALTO COM CARIMBOS DE IDENTIFICAÇÃO, MOSTRANDO QUAL PODE SER APREENDIDA E QUAL NÃO PODE. SE FALAR DA PC ENTÃO... NUSSSSSS AÍ O BICHO PEGA. É UMA PROMISCUIDADE DESGRAÇADA QUE ACABA COM AS INSTITUIÇÕES. E NÃO ADIANTA FAZER RITUAL EM CIMA DE CHÃO XADREZ PRETO-E-BRANCO E DISTRIBUIR COMENDAS PORQUE DEFUNTO ENFEITADO CONTINUA SENDO CADÁVER E LIXEIRA DECORADA CONTINUA COLETANDO LIXO! 

O GLOBO: Policiais comandam grupo de extermínio em todo o país



Ouvidoria de direitos humanos diz que homossexuais são alvo no Nordeste
Roberto Maltchik
Vigilantes contratados por grupos de extermínio, comandados por policiais. Mortes em série de adolescentes na tríplice fronteira. Execuções sumárias de homossexuais no Nordeste do país. Omissão de investigadores diante de mães desesperadas. O retrato da violação de direitos humanos, escondido sob inquéritos nebulosos ou inacessíveis até mesmo ao Ministério Público, fica estampado por centenas de denúncias que chegaram nos últimos três anos à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. Em pelo menos seis estados – Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e São Paulo -, a existência de grupos de extermínio está caracterizada, de acordo com o ouvidor Fermino Fecchio Filho.
Catalogadas em Brasília, as denúncias de brasileiros sem rosto conhecido ou notícias que se perdem no turbilhão de casos de omissão ou abuso de autoridade levaram o ouvidor a concluir que os grupos de extermínio estão disseminados pelo país. Segundo ele, as violações aos direitos humanos são alimentadas por duas falhas estruturais do sistema: a negligência do Judiciário e o corporativismo policial.
—- Grupo de extermínio é geral, é no Brasil inteiro. Não tem grupo de extermínio se não tem polícia envolvida. O que mais choca são os autos de resistência, seguida de morte. Você não tem laudo de local, não tem laudo de balística. A maior causa mortis é a caminho do hospital, mas ele já está morto. Quando você consegue um laudo, vê que são pessoas que morreram com 12, 20 tiros. Que socorro foram prestar? Foram desmanchar o local do crime — afirma o ouvidor.
Omissão policial em Luziânia (GO)
Em Maceió (AL), mais de 30 moradores de rua foram assassinados apenas no ano passado. Para o governo do estado, todos foram vítimas de disputas do tráfico. Ao analisar caso a caso, com o apoio da Força Nacional de Segurança, o ouvidor chegou a outra conclusão:
- Um ex-PM é responsável por duas dessas mortes. Na morte de quatro deles tem dois investigadores da Polícia Civil envolvidos. Tem um vigilante responsável por três mortes. Vigilante é terceirização de execução – afirma.
Na última terça-feira, a morte de Paulo Vitor de Azevedo completou um ano. O jovem de 16 anos foi uma entre as vítimas do assassino serial que aterrorizou a cidade de Luziânia (GO) em 2010. Lá, o caso é de omissão e reforça a crise da segurança no entorno de Brasília, uma das regiões mais violentas do país. Por mais de dois meses, as mães dos jovens então desaparecidos pediam providências. Porém, do delegado Rosivaldo Linhares Rosa, a mãe de Paulo, Sônia de Azevedo Lima, ouvia uma desastrosa versão:
- “Ele está com o amiguinho. Isso é comum aqui, muita criança desaparece.” E o meu filho com o cara fazendo tudo aquilo lá. Se eu pudesse, eu esganava ele (sic). Outro dia, fui à delegacia, e ele teve o desplante de me cumprimentar – contou Sônia, revoltada.
Foi quando o Ministério Público de Luziânia cruzou dados dos inquéritos policiais com os registros de mortes violentas no Instituto Médico Legal para descobrir mais uma violação alarmante: vários cadáveres sequer tinham inquérito policial instaurado.
- Aqui no entorno há muitos casos em que nem a polícia comparece. Quem vai buscar o corpo é a funerária. É assim que está a segurança no entorno. Perto da divisa com a Bahia, o perito aparece lá a cada 20 dias – conta Fecchio.
De acordo com o ouvidor, cidades como Rio de Janeiro e São Paulo também estão sob ameaça constante. Crimes como a chacina de Acari (RJ), com 11 mortes, ou os 40 assassinatos na Baixada Santista (SP), em 2008, nunca foram esclarecidos. Mas as principais violações ocorrem no Nordeste do Brasil.
Ele conta que São Paulo, por exemplo, abriu os olhos da sociedade para a violação dos direitos de homossexuais, quando foram divulgadas imagens de agressões no centro da cidade. Mas a prática é corriqueira em cidades como João Pessoa (PB). O ouvidor recebeu da Secretaria de Segurança do estado a confirmação de que existem grupos de extermínio, ligados a policiais, cujos principais alvos são gays e ex-presidiários.
- Há um extermínio de gays neste país. Você tem quase 200 gays por ano executados, isso os que são registrados. Agora, quando você vai pedir informação sobre esses casos às polícias dos estados, ninguém fornece – afirma.
Desde dezembro, a luta contra a violação dos direitos humanos ganhou o reforço da reestruturação do Disque 100, número telefônico fornecido pelo governo federal para o recebimento de denúncias, e que até o final de 2010 atendia somente a casos envolvendo crianças e adolescentes. Agora, o Disque 100 recebe denúncias de ataques contra idosos, homossexuais e portadores de deficiência. A própria Ouvidoria dos Direitos Humanos passou todo o governo Lula sem ter sequer orçamento próprio. Fecchio revela que, sem reforço de estrutura, a ouvidoria continuará contabilizando mortes, sem oferecer estatísticas para que o governo se antecipe às tragédias:
- O desafio que fica é oferecer dados detalhados à sociedade para que tenhamos políticas preventivas onde há violações agudas. Só com estatística e com um controle social menos débil será possível mudar essa realidade
Governo Dilma quer aprovação da Comissão da Verdade para identificar torturadores
BRASÍLIA – Vítima da tortura durante o regime militar, a presidente Dilma Rousseff está disposta a ir além do que fez o governo Lula em relação ao reconhecimento oficial das violências cometidas pela ditadura. A partir de agora, o Executivo vai se empenhar na aprovação do projeto da Comissão Nacional da Verdade para que os torturadores sejam identificados. Mas o governo sabe que não dá para ir adiante e punir os agressores porque foram todos anistiados. O Estado brasileiro vai ter de deixar claro que houve tortura e nominar que fulano de tal é torturador. É preciso uma manifestação final de quem foi torturador e o que ocorreu nos porões da ditadura – disse um interlocutor do Palácio do Planalto. A relação e a história de Dilma com esse passado vai tornar seu governo diferente no trato de temas como abertura de arquivos e busca pela localização de desaparecidos políticos. Em apenas uma semana de mandato, a presidente deu algumas demonstrações que esses assuntos lhe são caros. No discurso de posse, usou o jargão dos anos de chumbo e falou dos amigos que “tombaram no caminho” e que, como ela, ousaram “enfrentar o arbítrio”. Outra manifestação de apreço à causa foi na festa de sua posse, quando convidou diversas colegas que estiveram presas com ela no presídio Tiradentes, nos anos 70, em São Paulo. As antigas militantes foram a atração no coquetel do Itamaraty. Posaram para fotos até com embaixadores de outros países, curiosos em conhecê-las. Declaração de ministro rende puxão de orelha. Nesta semana, Dilma reagiu à declaração do general José Elito Siqueira, ministro do Gabinete de Segurança Institucional. O oficial tocou na ferida ao afirmar que o fato de haver desaparecidos durante o regime militar não era motivo de se envergonhar ou se vangloriar. Dilma o convocou para uma conversa, interpretada como um puxão de orelha. A iniciativa de Dilma de convocar Elito teve impacto imediato entre suas colegas. Presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, a jornalista Rose Nogueira, que esteve presa com Dilma, elogiou o comportamento da colega nesse episódio. Diria que foi um cartão de visita de Dilma. Não se pode ser tolerante mesmo com essas posições. O general teve que se explicar e se espera que tenha aprendido a lição. Dilma é assim, dura e firme de um lado, mas doce e conciliadora quando precisa ser – disse Rose Nogueira. – Lula é mais conciliador, mais popular. Os dois têm personalidades bem diferentes.

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